Da terra ao teclado: por que criei o Agrosil

Há coisas que nascem da terra e há outras que nascem da vontade.
O Agrosil nasceu das duas.

Há coisas que nascem da terra e há outras que nascem da vontade.
O Agrosil nasceu das duas.

Sou filho do campo, conheço o cheiro da terra molhada, o som das vacas a mugir ao amanhecer, o peso da responsabilidade de quem trabalha todos os dias para alimentar o mundo — e, ao mesmo tempo, as burocracias e as contradições de um sistema que muitas vezes parece esquecer quem o sustenta.

Durante anos vi agricultores a lutar, sozinhos, entre papéis, portais, apoios e promessas.
Vi também um setor que, apesar de tudo, não desiste. Que inova, que aprende, que se adapta. Que continua a plantar mesmo quando o tempo político parece de seca.

O Agrosil é, por isso, um espaço de partilha e reflexão.
Não é um boletim técnico nem um desabafo de ocasião — é um ponto de encontro entre o saber prático e o pensamento crítico.
Um lugar onde se fala de políticas agrícolas, gestão rural, inovação tecnológica, pecuária, e, acima de tudo, de pessoas — porque sem elas não há agricultura, nem futuro.

Aqui quero escrever sobre o que sei, mas também sobre o que vejo e sinto:
👉 as oportunidades que a nova PAC traz (e as que deixa escapar),
👉 as dificuldades de quem gere explorações pequenas e médias,
👉 o papel da tecnologia e do conhecimento,
👉 e o respeito pelo ambiente e pelos animais, sem esquecer a rentabilidade que mantém as portas abertas.

O nome “Agrosil” vem dessa fusão entre o “agro”, que é o mundo que nos alimenta, e o “Sil”, que é parte de mim — mas podia ser de qualquer um que vive entre o campo e a palavra.

Escrever é, afinal, mais uma forma de cultivar.
E se este espaço servir para semear ideias, dar voz a quem trabalha, e aproximar o campo de quem o desconhece, então já valeu a pena.

Bem-vindos ao Agrosil.
Aqui, o campo pensa, fala e escreve.